Faz tempo. E que tempo. Ai o tempo. Tanto tempo. E o que resta de tudo isso é só um rosto da mesma cor que o negrume da noite. Uma dor imperturbável que nunca saiu do sítio, apenas foi nestes tempos um tanto maior. Vi caras que não queria ver e as horas passaram lentamente, senti o Universo de outra forma à qual não estava habituada. E não sei o que é que isso fez de mim. Se me tornei melhor eu não sei! Mas toda a dimensão lucrou um tanto menos à minha custa, porque deixei de construir o meu mundo, ele destruiu-se sozinho. E eu não consegui evitar que isso acontecesse. Agora sou só mais um pouco o que fui... Noutro mundo mais feliz que tentei pintar com pincéis de tristeza artificial.
Bom dia.
Um dia talvez entenda.